Obsessões incomuns e comuns
Quando se fala em obsessores, sempre se pensa em um espírito que acompanha uma pessoa para tentar atrapalhá-la em tudo que ela se proponha a fazer, sendo porque teria sido enviado e “pago” por um inimigo do atacado ou por ser um inimigo da vítima em outras vidas. No entanto, quanto mais caminhamos dentro da espiritualidade, mas vemos que esse tipo de obsessor é raríssimo. Na maioria das vezes as pessoas dizem que tem um obsessor apenas como uma desculpa para seus fracassos, é como dissesse “não sou eu que não fiz o suficiente, existem forças externas me sabotando”, sendo na verdade uma grande ilusão na grande maioria das vezes, pois sempre que terceirizamos a culpa dos fracassos, mais distante ficamos de encarar e resolver nossos problemas que nos limitam a obter sucesso.
Quando a pessoa usa essa justificativa para tudo que dá errado em sua vida, é também uma demonstração de falta de amor-próprio. A pessoa confia mais no poder do outro em atacá-la do que em suas próprias defesas, ela pode recorrer a Deus, anjos da guarda, entidades, mas prefere se fazer de vítima. E quando estudamos o hermetismo, aprendemos o poder que a mente tem, se a pessoa se sente vulnerável e fraca e teme o poder do outro, consequentemente estará abrindo brechas para esse tipo de energia chegar até ela.
Apesar desse tipo de obsessão onde um espírito fica por conta de atrapalhar a vida de alguém ser muito raro, existe outro tipo de obsessor que todos os seres humanos estão sujeitos. Sabemos, até mesmo pelos estudos de Kardec, que a influência espiritual está sempre presente, para bem ou para mal. Dessa forma quando entramos em baixos estados de vibração estaremos atraindo para o nosso entorno espíritos dessa mesma frequência que por mal ou não, irão tentar nos influenciar, para suprir os próprios vícios, por exemplo estimulando uma embriaguez para absorver os vestígios da bebida que contamina o perispírito, ou mesmo instigando sentimentos de raiva, ingratidão, remorso etc. Digo que as vezes essa influência pode nem ser proposital, talvez aquele espírito não queira prejudicar a pessoa por maldade, mas é apenas o estado doente dele que se estende a quem vibra na mesma frequência. É como estar em uma sala repleta de pessoas negativas e que reclamam o tempo todo, aquele ambiente se torna tóxico, contaminando até mesmo pessoas que não tinham no início aquela vibração.
Esse tipo de obsessão sempre estará presente quando nos deixamos cegar por sentimentos reativos, quando estamos perdidos em meio a vícios ou desarmonizados com nossa essência divina. A prevenção para isso já foi passada por Cristo a séculos “orai e vigiai”. Quando oramos estamos solicitando ajuda dos bons seres, nos conectando com coisas boas, dessa forma já elevando nossa vibração. Quando ao vigiar que dizer observar a si mesmo, perceber se o sentimento ou pensamento nos momentos de fraqueza são suas mesmos. Dessa forma conectando-se novamente com a própria essência e corrigindo desvios de conduta.
Axé
Ricardo de Ogum Matinata
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