Numerologia
Quando falamos em numerologia, no estudo esotérico dos números, a Cabala sempre vem em nossas cabeças. Devemos lembrar que o significado pode variar de acordo com a base de estudos (cabala esotérica, hermética, pitagórica, cristã...). Neste breve texto, irei trazer o meu entendimento sobre os números, sendo que as informações aqui contidas não são verdades absolutas, e não devem ser ligadas a uma doutrina específica.
O zero é o espaço, é o local para que tudo possa ser criado, podendo ser comparado com o infinito, o todo espacial. Já o número um é o princípio, ele é a vontade da criação, o ponto de partida, junto com o zero, formam o circuito. Mas o número um sozinho é incompleto em sua própria certeza, gerando a vontade da evolução, gerando o dois.
O dois representa as dualidades, o bem e o mal, preto e branco, masculino e feminino. Porém, as dualidades devem ser ultrapassadas uma vez que o mundo não é fixo, nem tudo escuro o tempo todo, ou claro o tempo todo, com o entendimento do fluxo e da polaridade chegamos ao número três. Na união do número um com o dois, temos o três, que é a vontade vencendo a dúvida, é certeza. Representa todas as tríades da humanidade (pai, filho, espírito santo; criança, adulto, ancião; céu terra, inferno...). O triângulo equilátero apontando para cima, sempre para o divino sempre para a certeza. Representa um ponto de vista acima da situação, a visão do mundo pela terceira pessoa.
O número quatro representado por um quadrado, ou como uma cruz com lados iguais dentro de um círculo, neste caso representa os quatro elementos da natureza, a estabilidade material, o plano material, norte, sul, leste e oeste. Alguns associam ao “Louco” que fica perdido nos caminhos materiais, nestas horas precisamos lembrar da essência que nos trouxe até aqui, e ver o quatro não como dois e dois, mas sim como três e um, trazendo novamente a vontade, a certeza, e avançando para o cinco.
A estrela de cinco pontas, o ser humano com braços e pernas estendidos e a cabeça erguida, neste ponto temos o entendimento do éter, do quinto elemento, representando a vitória do homem sob a matéria. Se dividirmos a estrela de cinco pontas em seu eixo longitudinal, teremos duas pontas para baixo, representando a dualidade da matéria, e três para cima, novamente a vitória, remetendo sempre ao alto.
Número seis. Neste ponto temos a consciência plena de nossa vontade, dos planos divinos e nossa existência, das forças da natureza e das forças mentais, a duplicidade da certeza, a completude. A estrela de seis pontas que nos lembra que “aquilo que está em cima, é como o que está embaixo”. A certeza da atuação do divino em nossa vida.
Passamos ao número sete, sete dias, sete luas, sete cores, sete mares, sete notas musicais, sete linhas. O sete representa um caminho diferente do um, diferente do princípio através do qual iremos conhecer todo o poder da criação de deus passando pelos setenários sagrados de criação, através de todas as experiências. Chegamos ao número oito, dois zeros em planos diferentes, é a ponte entre os mundos, a força do equilíbrio que se movimenta de maneira constante assim como o Ouroboros ou Oxumarê, fazendo a distribuição das energias.
Enfim, o número nove é a contemplação, a perfeição três vezes, se tornando a perfeição infinita que se multiplica de forma exponencial, a Luz divina de nosso grande arquiteto.
Pedro Maciel .’. de Xangô
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