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terça-feira, 14 de setembro de 2021

Mediunidade entre os animais

 

Mediunidade entre os animais

 

Dando continuidade aos nossos estudos sobre o Livro dos Médiuns, o texto de hoje irá abordar o conhecimento passado na segunda parte das manifestações espíritas, capítulo XXII: “Mediunidade entre os animais”.

Para iniciar nosso texto, devemos relembrar qual o significado da palavra “médium”. Médium é um termo originado do latim medium, que significa meio ou intermediário, sendo assim o médium é aquele que serve de intermediário na comunicação (através da fala, sinais, escrita) entre os espíritos desencarnados com os encarnados. Sendo assim, podem os animais ser médiuns?

O capítulo se inicia fazendo esse mesmo questionamento, e a resposta que algumas pessoas dão é positiva, essas pessoas se baseiam em experiências em que os animais demostram grande inteligência, como nos casos em que um pássaro retira de uma caixa uma mensagem que diz tudo o que a pessoa precisava ouvir naquele determinado momento.

Em sua grande maioria, essas experiências podem ser explicadas através do ilusionismo feito pelo adestrador do animal, que coloca mensagens premeditadas as quais se encaixarão em várias situações diferentes, e pelo adestramento feito com o animal, que pega mensagens de onde o adestrador indica. Um adestramento assim não é diferente de quando ensinamos um pássaro a falar ou assobiar canções. Porém, não podemos retirar o crédito do professor e do aluno, um adestramento assim leva tempo, persistência e demonstra a inteligência que os animais possuem.



Para um maior esclarecimento acerca do assunto, o espírito Erasto, traz revelações. Erasto começa falando da possibilidade, levantada por algumas pessoas a partir das experiências de mediunização de matérias inertes, como objetos, de que os espíritos podem mediunizar também matérias já animadas, ou seja, os animais. Essa possibilidade não existe pois para qualquer tipo de comunicação entre os espíritos e os encarnados, é necessário o intermédio de um médium (de maneira consciente ou não), sem ele não há escrita, fala ou comunicação mental. Os semelhantes atuam com seus semelhantes.

O perispírito dos encarnados procede do mesmo meio do perispírito dos desencarnados, possuem similaridades e afinidades que tornam a comunicação possível. Já a energia que anima os animais, que os move e permite que se comuniquem à sua maneira, não consegue se mesclar com a alma etérea dos humanos. Poderiam os espíritos então magnetizar um animal? Sim, porém o animal morreria pelo choque energético de ser preenchido com um fluido diferente do contido em sua essência.

 Isso pode ser explicado também se observarmos a evolução dos animais, desde os seus primórdios. O rouxinol faz seu ninho sempre da mesma maneira, as abelhas e formigas se organizam e vivem sempre da mesma maneira e isso não acontece com os humanos, estamos sempre mudando e progredindo, diferente dos animais, que estacionaram em determinado momento. Para nós humanos, ao longo dos tempos a caverna deu lugar a cabana, que deu lugar aos castelos, que deu lugar as casas de cimento e prédios. Deus, em sua infinita sabedoria, colocou os animais ao nosso lado, para que nos servissem de companhia, suporte e auxílio. Deu a eles inteligência para que pudessem nos auxiliar, mas não quis que estivessem sujeitos a lei do progresso, como nós estamos.

Por fim, Erasto nos esclarece de que, para que a comunicação aconteça, o espírito toma do cérebro do médium, determinadas informações para que essa aconteça. No cérebro de um animal não se encontram palavras, números ou sinais que tornem a comunicação possível, sendo assim, os animais não podem ser médiuns.

É inegável, porém, que os animais possuem sentidos mais aguçados que nós humanos. Os espíritos podem se tornar visíveis para os animais e eles também podem sentir determinadas energias, prova disso são os sustos e desconfianças estranhas que alguns tem com pessoas, lugares e objetos. Os animais possuem também sentimentos semelhantes aos nossos como o amor, a raiva, o medo, a gratidão.

            Analisando o capítulo pela ótica umbandista podemos dizer que os animais, apesar de animados por energia diferente da nossa, partilham algumas semelhanças sentimentais. Sabem quando estamos tristes e se aconchegam junto de nós para nos fazer sentir melhor, ficam felizes quando nós ficamos felizes, nos protegem quando é necessário, limpam e equilibram o ambiente. Hoje é raro encontrar quem não tenha em casa a companhia de algum animal e que este não seja inseparável de seu dono. 

    Em conversa com o Preto Velho Vovô Tércio de Aruanda, foi me dito que existem duas sensações que se assemelham muito ao sentimento da presença do Criador, são eles o amor e a alegria, daquelas que dá borboletas no estômago. Daí eu pergunto a você leitor, quer maior demonstração desses sentimentos do que no momento do reencontro com seu bichinho? Os animais são seres amorosos, compreensíveis e leais acima de tudo! e que vem para nos ensinar essas virtudes, em sua passagem tão curta pelo plano terreno.

Layla de Omolu

Um comentário:

  1. 👏👏👏 amo meu cachorro 🐕 zyon e Zeus tem o finado "bigode" nunca esqueci dele 2 anos ja

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