Papel
do médium nas comunicações espíritas
Dando continuidade aos nossos estudos
sobre “O Livro dos Médiuns”, abordaremos hoje o capitulo XIX da parte segunda-
Papel dos médiuns nas comunicações.
O capítulo se inicia com um questionamento
a respeito do estado do médium no exercício da mediunidade, se o mesmo está em
seu estado “normal”. É esclarecido que algumas vezes o médium poderá se
apresentar apreensivo, lhe causando certa fadiga, mas que muitas vezes estará
sim em seu estado normal. A dúvidas seguintes abordam a influência do espírito do
médium nas comunicações, se ela é possível, se ocorre com frequência... Para
essas perguntas respondem afirmativamente.
No momento de comunicação,
seja ela por escrita ou por fala, o espírito do médium pode ser o responsável
pelas informações transmitidas, ou mesmo o espírito de um outro encarnado por
ser o autor das comunicações, a depender de sua elevação moral. Nosso corpo físico
é perecível e o espiritual não, trazemos conosco ensinamentos e experiências
vindas de várias encarnações. Se o e espírito com maior aptidão para a
transmissão da mensagem se encontrar encarnado, o plano espiritual poderá
utilizar-se deste para a realização da tarefa. O tom da comunicação, sua essência
e ensinamentos, trazem os pontos para que possa ser feita a distinção entre a
autoria das comunicações.
Nos esclarecem também sobre a forma como as comunicações são realizadas. O espírito do encarnado funciona como um tradutor, um interprete da mensagem a ser transmitida. O corpo físico é apenas a ferramenta para a expressão das ideias. O espírito que habita o corpo do encarnado será um intermediário, por esse motivo alguns espíritos possuem afinidade com determinado médium.
No plano espiritual não existe
língua falada, a comunicação se dá por pensamentos, a língua universal. Um espírito
consegue identificar os pensamentos daqueles ao seu redor de acordo com seu nível
de evolução moral. Para exemplificar, seria mais cansativo, desgastante e menos
eficiente um espírito se utilizar de um encarnado que nunca teve contato com a língua
alemã em suas diversas existências, para transmitir uma mensagem em alemão. Da
mesma forma, um encarnado que nunca teve contato com a língua alemã em sua
vida, pode ter conhecimentos adormecidos no seu íntimo, lembranças de vidas
passadas, nas quais tal língua era habitual para ele.
Ao indagar sobre as comunicações
feitas com o uso de cestas, mesas, lápis, etc., o codificador questiona se de
alguma forma essas ferramentas teriam inteligência, mesmo que momentânea. Os
reveladores dizem que não, se um bastão for agitado por alguém com raiva, não é
o bastão que está com raiva e sim o manipulador.
Na umbanda, durante as
atividades desenvolvidas, nos encontramos mediunizados (seja na incorporação,
curimba ou cambonando). Nesse processo ocorre a formação de uma terceira consciência,
guia espiritual e médium (aparelho) se unem para transmitir os ensinamentos necessários,
não será apenas o guia, não será apenas o aparelho, mas sim uma mistura de
ambos.
Imaginem o processo como uma
viagem de carro, onde temos um piloto, um copiloto e o veículo. O corpo físico é
o carro, a ferramenta. O guia estará ao nosso lado transmitindo as informações
e ensinamentos, mas essas deverão passar pela “interpretação” do médium. O guia
possui certa afinidade com determinado aparelho, essa afinidade pode vir de outras
existências, pois energeticamente a comunicação e transmissão de informações
será mais fluida entre eles. O guia muitas vezes traz consigo características
que o médium precisa trabalhar para evoluir espiritualmente. Um médium muito ansioso,
por exemplo, poderá ter uma relação mais próxima com um guia que trará calma.
A comunicação com o plano espiritual
é uma estrada, tanto médiuns, quanto espíritos desencarnados, estão em busca de
aprimoramento moral, buscando se aproximar do criador.
Axé.
Pedro” de Xangô e Larissa
de Iansã
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