Contradições
e mistificações
Hoje
iremos continuar com o estudo dos Livros dos Médiuns e abordaremos o capítulo XXVII-
“Contradições e mistificações”
O capítulo
presente nos traz inúmeras reflexões e ensinamentos sobre a doutrina espírita,
nos esclarecendo mais uma vez que os Espíritos não são iguais. Mesmo livres do
peso da matéria, tendo acesso à memória espiritual e vivências passadas, cada
espírito traz consigo experiências únicas, o que justifica as “contradições”.
Essas
contradições são, muitas vezes, relatos individuas de experiências, variando de
acordo com o revelador. Essas variações podem ocorrer também por diferenças
entre os médiuns, pois o Espirito irá usar das ferramentas disponíveis para
transmitir suas ideias. Por variações do ambiente no qual ocorre as
comunicações, pela egrégora formada durante a sessão. Não podemos descartar
também as contradições provocadas por Espíritos malfeitores, que criam ideias
falsas para causar discórdia nas reuniões.
Tomaremos
como exemplo uma fala de um espírito no Livro dos Médiuns: “Estudai, comparai,
aprofundai. Incessantemente vos dizemos que o conhecimento da verdade só a esse
preço se obtém. Como quereríeis chegar à verdade, quando tudo interpretais
segundo as vossas ideias acanhadas, que, no entanto, tomais por grandes ideias?
Longe, porém, não está o dia em que o ensino dos espíritos será por toda parte
uniforme, assim nas minucias, como nos pontos principais. A missão deles é
destruir o erro, mas isso não se pode efetuar senão gradativamente”.
Algumas
pessoas não tem tempo e aptidões necessária para um estudo aprofundado e sério,
o que essas pessoas devem fazer? Praticar e exercitar o bem sempre, uma vez que
o bem é essencial e não existem doutrinas para poder ser praticado, o bem é
sempre o bem.
Nos esclarecem que os espíritos benfeitores, lidam muitas vezes com o preconceito de forma mais sensível, uma vez que para serem ouvidos precisam seguir a linha de raciocínio daquela pessoa, irá trazer a verdade e acabar com aquele preconceito. De tal maneira que apropriam sua linguagem para falar com determinadas pessoas, sendo assim não irão transmitir a mensagem a um encarnado que vive no oriente, da mesma forma em que fariam a um ocidental. Essa forma de expressar não deve ser confundida com uma contradição e sim uma forma de lidar com certas situações.
Mistificação
é um ato de espíritos mal intencionados com intuito de enganar aqueles que lhe
dão atenção e ouvidos. Essa é uma das mais fáceis de nos preservar, uma vez que
temos que ter fé e sempre manter o raciocínio no bem. A melhor forma de nos
protegermos desses espíritos é pedindo apenas o que eles podem nos oferecer e
que seja eficiente na nossa evolução espiritual, uma vez que quando pedimos e
mentalizamos coisas ruins os espíritos mal intencionados se aproximam para
aproveitar dos nossos prazeres humanos.
O
objetivo da humanidade é a evolução, sendo assim, se não nos afastarmos desse
objetivo não seremos enganados. Tomaremos como exemplo uma passagem do livro:
“Os espíritos vos vêm instruir e guiar no caminho do bem e não no das honras e
das riquezas, nem vem para atender as vossas paixões mesquinhas. Se nunca lhes
pedissem nada de fútil, ou que estejam fora de suas atribuições, nenhum
ascendente encontraria jamais os enganadores; donde deveis concluir que aquele
que é mistificado só o é porque o merece”.
Há situações
em que a pessoa atrai espíritos enganadores com facilidade, isso acontece pelo
fato de que esse indivíduo nada pergunta, mas dá ouvidos e interesses no que os
enganadores falam, sendo isso o mínimo para que eles se aproximem e enganem
essas pessoas. Mesmo as pessoas que não exercem uma religião podem ser
enganadas, uma vez que se a fé não estiver sólida qualquer espírito mal
intencionado pode aproveitar a situação, por isso devemos manter sempre as
orações e as atitudes de boa fé em dia.
As
contradições no espiritismo e na umbanda são de certa forma, diferentes, uma
vez que são religiões que atuam de forma diferente. Como o nosso objetivo principal
é a umbanda, iremos dar maior atenção as contradições que acontecem nas
manifestações umbandistas.
Ao conversar
com entidades de linhas de trabalho diferentes ou até mesmo da mesma linha,
podemos perceber diferenças em seus arquétipos e forma de se expressar, uma vez
que cada um possui a sua forma de trabalho. Sendo assim, se fizermos a mesma
pergunta para entidades diferentes, iremos obter repostas diferentes, mas a
finalidade é a mesma.
As
dúvidas podem surgir com as repostas que nos são dadas pelas entidades, mas
devemos separar as dúvidas das contradições, uma vez que para diferenciar o
erro da verdade deve-se ter o estudo e a meditação do que nos foi passado, para
que o entendimento da mensagem seja de suma consciência e compreensão.
Quanto
as mistificações, temos uma pequena variação entre a doutrina Kardecista e a
Umbandista que praticamos. A mistificação na Umbanda se relaciona
principalmente com médiuns enganadores, que se dizem incorporados por guias
muitas vezes com nomes fortes, famosos... Na mistificação não existe guia
acompanhando o médium, ele é dominado pelo ego e pela vaidade, e tem plena
consciência disso.
Espero
ter ajudado nos seus estudos!
Axé
Lívia
de Obaluaê
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