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quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Obsessão

 

Obsessão

 

Hoje vamos abordar as explicações contidas no Livro dos Médiuns, capitulo XXIII da parte segunda –Obsessão.

Somos esclarecidos que a obsessão consiste no domínio, contato constante, que alguns Espíritos ruins, de baixa vibração moral, podem exercer nos médiuns. Esse domínio acaba gerando constrangimentos dos mais diversos nos encarnados. A obsessão acontece de forma constante, se diferenciando de um espírito que tenta enganar e atrapalhar as comunicações, apesar desse tipo de interferência ser mais comum em médiuns iniciantes, até mesmo os médiuns mais experientes estão sujeitos à interferência de espíritos que querem apenas atrapalhar o desenvolvimento dos trabalhos.

No capítulo o processo de obsessão é classificado em: simples, fascinação e subjugação. Nos processos de obsessão simples, o espírito malfeitor se impõe, podendo impedir que outros espíritos se comuniquem com o médium obsidiado, se passando até mesmo pelos espíritos que são evocados. O obsidiado, nesses casos, sabe que está sob influência de um espírito malfeitor, o espirito não esconde suas más intenções, em alguns casos pode se utilizar de fenômenos físicos, produzindo sons de pancadas por exemplo.

O processo de fascinação é mais complexo e profundo, trazendo consequências mais sérias. O pensamento do médium é manipulado e influenciado pelo obsessor, a ponto de o médium não conseguir julgar as comunicações, não sabendo que está sendo enganado. O fascinado está certo de que sempre tem razão. Os espíritos responsáveis pelos processos de fascinação são mais ardilosos, afastam o médium daqueles que poderiam auxilia-lo a se desvencilhar de seu controle, usando até mesmo o nome de Deus para averbar o conteúdo de suas falácias. Nas obsessões simples o médium obsidiado deseja se livrar do malfeitor, na fascinação isso não ocorre.

Na subjugação, o encarnado tem suas vontades paralisadas, não age mais de maneira natural. Pode ser divida em moral ou corporal. A subjugação moral se assemelha à fascinação, fazendo com que a pessoa tome atitudes absurdas e desagradáveis. No processo corporal o malfeitor faz com que o médium se porte de maneira inconveniente, fazendo sons estranhos, se ajoelhando em lugares públicos, se passando por um louco... Para os Espíritos Reveladores a subjugação corresponde ao processo de possessão, mas explicam que o termo “possessão” remete à ideia de seres criados única e exclusivamente para o mal, e isso não é verdade, o que existe são níveis variados de moral, o termo também poderia transparecer a existência de um processo de coabitação, o que não ocorre.

Os reveladores nos apresentam alguns pontos comuns nas comunicações onde obsessores estão presentes, para que possam ser identificadas. Nos orientam a sempre desconfiar de espíritos que dizem que suas comunicações são infalíveis, que não podem ser criticadas, que querem se comunicar em momentos inoportunos para o médium, e que aos poucos afastam o obsidiado daqueles que lhe advertem.



Todos somos influenciados pelo plano espiritual, acreditando ou não na espiritualidade. As ferramentas utilizadas pelo espiritismo auxiliam na identificação de comunicações baixas, podendo gerar efeitos deletérios nos encarnados.

A obsessão pode ocorrer pelos motivos mais diversos, alguns espíritos podem fazer o mal apenas por fazerem, para alimentarem seu ego e tentarem ganhar reconhecimento, outros para se divertir às custas dos encarnados desavisados e até mesmo por situações ocorridas em vidas passadas.

E como combate-las? Duas formas podem ser destacadas, a primeira é provando ao obsessor que o médium não está sendo iludido por ele, a segunda maneira é cansar o obsessor, ser paciente e ter calma, quando o malfeitor perceber que está perdendo seu tempo, irá se afastar. Em casos mais complexos deve ser realizado um apelo aos bons espíritos que acompanham o encarnado, para que auxiliem na retirada do obsessor, devemos lembrar que este também sofre, deve sempre ser tratado com respeito. Os casos de fascinação demandam mais atenção, pois o médium precisa perceber a influência do Espírito mau, para que o processo possa se tornar uma obsessão simples, é uma tarefa extremamente trabalhosa. O obsidiado muitas vezes não possui força fluídica para se livrar do processo, sendo muitas vezes necessário um terceiro para auxiliar.

A Umbanda lida diariamente com processos de obsessão dos mais diversos tipos. Nossas atitudes diárias, as vibrações que emanamos através de nossos pensamentos e sentimentos possuem uma grande força. Pensamentos negativos, carregados de raiva e julgamento são portas de entrada para obsessores. Realizar nossas firmezas, pedir sempre auxílio dos guias que nos acompanham e ter uma postura benevolente dificultará que Espíritos malfeitores possam nos atrapalhar.

Devemos sempre nos lembrar que o Espírito que exerce a obsessão no médium, é também nosso irmão, também é essência divina e traz Deus em seu interior. Porém, está passando por um momento de confusão, de mistura de sentimentos. Está cego por acontecimentos muitas vezes ocorridos em vidas passadas. O obsessor precisa de ajuda tanto quanto o obsidiado, a oração é nossa maior arma e também nosso maior afago para lidar com as obsessões.

Todos nós podemos sofrer com algum tipo de obsessão, por isso devemos sempre lembrar “Orai e Vigiar”.

Pedro” de Xangô

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