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segunda-feira, 3 de julho de 2017

Viagem astral/Desdobramento mediúnico


Viagem astral/Desdobramento mediúnico


Questão 401 de O Livro dos Espíritos: Durante o sono, a alma repousa como o corpo? 

“Não, o Espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos.”

Viagem astral, Desdobramento, emancipação da alma, são alguns dos termos utilizados para definir um fenômeno natural a que todo ser encarnado se encontra sujeito, independentemente de sua idade, fé, condição intelectual, elevação moral ou qualquer outro fator que se possa imaginar.

Para o presente texto, nos utilizaremos do termo desdobramento que é a capacidade que tem o Ser de projetar a consciência para além do corpo físico, utilizando-se dos demais corpos sutis: o desdobramento é a descoincidência entre o corpo físico e o corpo astral.

Questão 407: É necessário o sono completo para a emancipação do Espírito? “Não; basta que os sentidos entrem em torpor para que o Espírito recobre a sua liberdade. Para se
emancipar, ele se aproveita de todos os instantes de trégua que o corpo lhe concede. Desde que haja prostração das forças vitais, o Espírito se desprende, tornando-se tanto mais livre, quanto mais fraco for o corpo.” 

O corpo humano é constituído por vários corpos, que a maioria dos encarnados ignora. Sendo o corpo comparado a uma capa grosseira, ocorre que, quando este se encontra em repouso, como pelo sono, por exemplo, os laços que prendem o espírito a este corpo afrouxem o suficiente para que este se afaste de sua capa mais densa.

Para que ocorra o desdobramento não é necessário que o Ser esteja dormindo, bastando, em muitos casos, apenas que se encontre em repouso e em estado mais profundo de relaxamento tanto físico como mental.



Durante o sono, nem todos se afastam do corpo, para tal, depende das crenças do Ser: se a pessoa acredita piamente em estado do vigília, que quando dorme seu espírito fica grudado no corpo, dificilmente ele desdobrará. O espírito se afasta mais ou menos do corpo de acordo com aquilo que mais lhe ocupa a mente. Por exemplo, é comum, encontrar mães em desdobramento ao lado dos filhos velando-lhes o sono. Comum também que as pessoas durante o repouso do corpo serem atraídas ao seu local de trabalho e ali continuem a executar suas tarefas como se estivessem despertas.

Alguns sinais de que o Ser se desdobrou durante o sono e viveu experiências extracorpóreas são os sonhos. Ocorre que nem todos os sonhos são vivência, alguns são criações mentais, outros reminiscências de experiências vividas.

Algumas pessoas desdobram conscientemente, ou seja, trazem, ao acordar, lembranças claras do que viveram e há, ainda, aquelas que conseguem produzir esse fenômeno intencionalmente, mesmo sem estarem dormindo, bastando, para tal, capacidade de relaxar e domínio de si quando em estado de desdobramento.

As pessoas comprometidas com seu crescimento espiritual comumente são convidadas pelos seus guias e protetores nos momentos de desdobramento a lhes acompanharem buscando, então assistir palestras, realizarem estudos ou mesmo desenvolverem trabalhos espirituais, ocupando-se deste modo, o Ser, daquilo que mais lhe atrai.

Para que o Ser não seja atraído para onde não lhe convém durante o sono, necessário se faz higiene mental antes de dormir, cuidando para que seus pensamentos não sejam aqueles que lhe causam preocupações mais sérias durante o estado de vigília, pois as chances de que durante a emancipação da alma, esta se volte para a causa de suas preocupações levando o espírito ao local em que se liga seu temor, ou busque pessoa com quem esteja em debate mental é muito grande.

O fenômeno mais estudado pela ciência e que trata de desdobramento consciente é a EQM, Experiência de Quase Morte, onde uma pessoa é tida como tendo sofrido morte física ou esteja em estado de coma, se desliga parcialmente do corpo e consegue observar os eventos à sua volta, conseguindo narrar com exatidão fatos que ocorreram mesmo a vários metros de onde se encontrava seu corpo.



O desdobramento não é brincadeira, embora muitas pessoas se dediquem a estudar e dominar esse fenômeno. Aconselha-se, antes de se buscar o domínio de alguma das várias técnicas desenvolvidas para esse fim e disponíveis em várias obras literárias, saber se o domínio desse fenômeno lhe será útil trazendo mais benefícios que prejuízos.

Não há como falar de tal tema em poucas linhas de modo a esclarecer todas as questões a ele ligadas, sendo, este pequeno texto, apenas um introito de tão curioso e fascinante assunto. Há, para tal, inúmeras e respeitáveis obras, cabendo àquele que desejar maiores conhecimentos, buscá-las.


Boa viagem!
Hélida de Nanã

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