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segunda-feira, 16 de julho de 2018

Origem e Natureza dos Espíritos

Origem e Natureza dos Espíritos 

Na parte segunda, capítulo I, do Livro dos Espíritos, Allan Kardec, indaga sobre a origem e natureza dos espíritos. Seguindo o contexto, a palavra ‘espírito será denominada na sua individualidade, sendo entendida como seres inteligentes criados por Deus
Os espíritos povoam todo o universo à parte da matéria sendo identificados como obras de Deus, assim chamados de seus filhos, lembrando que não se confunde com o próprio. Para exemplificar, foi feita uma comparação com as obras criadas pelo homem, no caso a máquina. É obra do homem, mas não é o próprio homem. Resumindo, somos filhos de Deus, pois somos sua obra perfeita.
De acordo com o livro, os espíritos tiveram um princípio, caso contrário seriam o próprio Deus em sua infinita existência. Vale salientar que Deus nunca absteve de criar, porém há coisas que fogem do nosso entendimento, não tendo conceito para a formação dos espíritos. Entendo que toda sua criação está submetida a sua vontade e independe da nossa inteligência limitada sobre tal criação.
Em um dos questionamentos, o espírito, traz a definição do espírito como um ser incorpóreo e não imaterial, termo questionado por Allan Kardec. Devemos nos bastar  em entender que toda criação é algo, porém como só definimos aquilo que é matéria, não entendemos a grandiosidade da criação dos espíritos. Usamos assim da nossa criatividade para aquilo que foge aos nossos olhos.


Allan Kardec pergunta se os espíritos possuem um fim, sendo difícil para nós encarnados, entendermos que aquilo que tem um início não terá um fim. Contudo, nem tudo será compreensível por não termos a inteligência suficiente para concluir que os espíritos não possuem um fim, mas devemos concluir que sempre haverá um mistério sobre a criação. 
Dentro do contexto umbandista, haja vista a forte influência africana, os espíritos são,  também, conhecidos como eguns.  Egum, portanto, é todo espírito desencarnado e o que diferenciará um egum do outro, será o seu grau de evolução e o direcionamento daquilo que intenciona.
A umbanda caracteriza-se por ser a manifestação do espírito para a prática da caridade. E são várias as falanges de espíritos, ou eguns, que vêm fazer o trabalho caritativo em prol dos encarnados, como por exemplo, os pretos-velhos, caboclos, erês, exus, baianos, ciganos e diversas outras entidades de luz que nos auxiliam diariamente. Os guias ou entidades de Umbanda são, portanto, eguns  ou seja, são espíritos oriundos de Deus assim denominados por nos conduzirem e nos guiarem nos caminhos que ainda necessitamos de orientação.
Em uma gira dentro do terreiro, outros eguns que podem se manifestar são os sofredores e kiumbas. Isso ocorre, graças à bondade do Criador que permite a eles a escolha de andar pelo caminho de luz, quando lhes são ofertadas orientações e emanações de amor por todos os trabalhadores de um terreiro, seja encarnado ou desencarnado.

Por fim, é sempre importante nos lembrarmos de que independente do grau em que se encontra o espírito, todos são criações divinas, portanto, todos são filhos de Deus. E diante disso, todos, quando caminham pelos trilhos da luz do Pai Maior, são capazes de evoluírem a fim de sentir cada vez mais próxima de si a essência do Criador. 

Lara de Ogum Iara e Natália de Iemanjá

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