As entidades espirituais são do médium? Elas o acompanham a todo momento?
O assunto deste texto é polêmico, uma vez que cada casa e doutrina costuma ter visões diferentes sobre. Inclusive existem vários sacerdotes e personalidades dentro da umbanda que tem uma visão formada e contrária a visão de nossa doutrina.
É comum alguns umbandistas acreditarem que as entidades que trabalham em conjunto com eles por meio da incorporação têm como missão principal acompanhar sua vida, a protegendo e guiando seus passos no dia a dia. Não é atoa que existe a célebre frase “quem me protege não dorme.”. Inclusive existem aqueles que acreditam que qualquer pessoa, mesmo as de outras religiões possuem guias de umbanda como exus, caboclos e preto velhos. Qual seria o sentido disso? Muito comumente quem tem essa visão do mundo espiritual acredita também que não só os guias são deles, como também que estão por conta deles em todos os momentos.
Na nossa doutrina de Umbanda de Jurema acreditamos que existem sim os guias que podem estar ligados às pessoas, mas isso é uma exceção. Isso normalmente está ligado a uma missão espiritual que aquela pessoa tem, dessa forma nem nesses casos o guia é do médium, mas sim ele presta um serviço a lei divina para que a importante missão espiritual que aquela pessoa tem se cumpra. Podemos citar como exemplo alguns pais de santo, ou líderes espirituais diversos.
Na nossa visão o mais comum é que os guias de umbanda estejam ligados por uma missão com determinada casa de umbanda, não sendo eternamente preso a ela também. Temos que lembrar que os guias como nós evoluem e podem ser chamados para fazer trabalhos diferentes no mundo espiritual, assim que cumprirem sua missão em determinada casa. um exemplo quanto a isso é uma entidade que presta consultas e que não é dirigente da casa, ela pode ser chamada a assumir uma nova casa. Até mesmo os dirigentes espirituais não necessariamente comandarão a casa enquanto ela existir. Tudo é movimento e tudo evolui.
Outro ponto importante é nos lembrarmos que independente se temos guias ou não, eles não estão por nossa conta. Eles mesmos nos dizem que para interferir em nossa vida esse pedido tem que partir de nós mesmos ou estariam ferindo nosso livre arbítrio e consequentemente a lei divina.
Vale lembrar que não é porque os guias não são nossos que estamos desamparados espiritualmente, temos sim quem olhe por nós, não importando como os chamamos, se é um mentor, um anjo da guarda, um guardião etc. basta lembrarmos que se queremos conectarmos com Deus haverá quem nos dê amparo em seu nome.
Ricardo de Ogum Matinata
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